Resenha: Um Perfeito Cavalheiro

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Livro: Um perfeito cavalheiro

Autor: Julia Quinn

Editora: Arqueiro

Páginas: 304

Gênero: Romance de Época

Nota: 3/5

 


 

Gente, nesses dias que lembrei que não terminei de resenhar os meus livros lidos da Julia Quinn! Que pecado viu! Mas agora temos o livro ” Um Perfeito Cavalheiro”, que adivinha! É uma recontagem da Cinderela, como posso resistir? Apesar disso, esse não é um dos meus preferidos e vocês vão descobrir o porque mais em baixo.
Nesse livro conhecemos o segundo filho da Violet Bridgerton: Benedict, doce, gentil, a alma artística da família e que acredita no amor verdadeiro, e também um dos solteiros mais cobiçados da temporada, que foge como do fogo, das garras da sua mãe casamenteira. Porém, a matriarca da família promove um grande baile com esperanças de encontrar uma esposa para o filho.

“Quarenta e cinco minutos mais tarde. Benedict encontrava-se atirado na poltrona com os olhos vidrados. De vez em quando, precisava parar para se certificar de que não estava com a boca aberta.
Eis quão entediante estava a conversa com a mãe.
A jovem sobre quem ela queria lhe falar era, na verdade, sete jovens, cada uma das quais melhor do que a outra, segundo Violet.
Benedict achou que fosse enlouquecer. Bem ali, na sala de estar da mãe, ficaria louco de pedra. Saltaria da poltrona de repente e cairia no chão em meio a um ataque, sacudindo braços e pernas e espumando pela boca…”

E do outro lado temos a Sophie, que foi criada no meio do luxo como filha bastarda do conde Penwood- seu pai que fingia ser um tio. Mas depois de sua morte, ela começou a ser tratada pela madrasta e suas filhas como uma criada da casa. Seu sonho sempre foi ir á um alguma festa ou baile, e este da família Bridgerton acaba surgindo como oportunidade para desfrutar pelo menos uma vez dos grandes eventos da sociedade. Então, com ajuda das criadas ela consegue ir á grande festa e lá conhece Benedict.

“Passara a vida seguindo o caminho mais seguro, mais prudente. Apenas em uma noite abandonara a precaução. E fora a noite mais emocionante, mágica e maravilhosa de toda a sua existência.”

A atração entre os dois é imediata, ela estava vivendo seu verdadeiro conto de fadas. Mas infelizmente o tempo passou muito rápido, e ela teve que ir embora deixando Benedict pra trás, desnorteado e determinado á encontrar a garota que mexeu tanto com seus sentimentos. Mas o destino não está a favor deles, e acaba fazendo os dois se desencontrarem justamente quando ela é mandada embora de casa.

– Essa noite eu estou transformada – sussurrou ela. -Amanhã, eu desaparecerei.
Benedict a puxou para perto e deu um beijo breve e suave na sobrancelha dela.
– Então teremos que fazer uma vida inteira caber nesta noite.

O tempo passou, mas aquela noite mágica nunca foi esquecida pelos dois. Agora 3 anos depois, eles se reencontram, mas em condições desfavoráveis, Benedict acaba salvando-a de um incômodo e Sophie fica desnorteada com a presença do amado depois de tanto tempo. Porém, ele não a reconhece, já que no baile, ela estava de máscara. Sophie não se apresenta como a dama mascarada, mas a convinvência dos dois depois desse encontro faz com que Benedict se apaixone novamente por ela, dessa vez, por sua verdadeira face, mesmo sendo empregada.

“Benedict deu um sorriso melancólico. Simplesmente não conseguia parar de tentar achá-la. A busca se tornara, de uma maneira muito estranha, parte de quem ele era. Seu nome era Benedict Bridgerton, ele tinha sete irmãos e irmãs, era bastante habilidoso com o florete e com desenhos e estava sempre na expectativa de encontrar a mulher que havia tocado sua alma.”

E aí, ele surge com uma proposta que despedaça o coração da moça: pede para que ela seja sua amante. Sophie logo recusa, mas ela não sabe o quanto pode resistir a tentação de ter Benedict ao seu lado.

” – Você é o motivo pelo qual eu existo. O motivo pelo qual eu nasci.”

Ai ai Julia Quinn.. você não cansa de destruir nossos corações? Nos outros dois livros, nós vimos muito o cotidiano das famílias ricas, e nesse podemos ver o quanto a Sophie sofre com a pobreza e com o fato de ser filha bastarda de um conde morto. Gostei desse choque de realidade que a autora nos proporciona, nos faz pensar o quanto a vida era difícil naquelas condições.

“– Por que está sorrindo? – perguntou Benedict.
Ela não se deu ao trabalho de olhar para ele ao responder:
– Estou tramando a sua morte.
Ele sorriu – não que ela estivesse olhando, mas conseguia sentir pela respiração dele. Sophie detestava ser tão sensível a cada nuance de Benedict. Sobretudo por estar cada vez mais desconfiada de que ele tinha a mesma sensibilidade em relação a ela.
– Pelo menos parece divertido – comentou ele.
– O que parece divertido? – indagou ela, desviando enfim o olhar da bainha da cortina, que já encarava havia bastante tempo.
– Tramar minha morte – retrucou Benedict, dando um divertido sorriso de lado. – Se vai me matar, é melhor que se divirta, porque Deus sabe que eu não vou me divertir.”

Eu adoro recontagem de contos de fadas, principalmente os da Cinderela, pensei que esse até seria meu preferido da série, mas acho que fui com tantas expectativas com o livro que me decepcionei um pouco. Não que o livro seja ruim, mas não foi o que eu imaginava pra ele, um pouco mais diferente dos dois primeiros. Mas o livro é maravilhoso. Os personagens são românticos, e toda vez que o destino (ou a autora), apronta com eles, nos parte o coração, mas os dois tem seu final feliz, no final de tudo, mas antes passando por muitas dificuldades.

“– Acho que vou beijá-la – murmurou ele.
– Acha?
– Acho que preciso beijá-la – acrescentou Benedict, parecendo não acreditar direito nas próprias palavras. – É como respirar. Não há muita escolha.”

Como sempre, deixo aqui meu selo de aprovação dos livros da Julia Quinn, leiam e me digam o que acharam desse amor de livro!

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